O mês de outubro é marcado pela campanha Outubro Rosa, com o objetivo conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Essa doença é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo todo, e se detectada no início, tem até 95% de chance de cura. O câncer de mama é uma doença multifatorial, ou seja, depende de vários fatores para se desenvolver. Alguns desses fatores aumentam a probabilidade de ter a doença, enquanto outros diminuem essa probabilidade.
Entre os fatores de risco existem fatores hereditários e fatores ambientais e comportamentais, entre eles estão: ser mulher, ter mais de 50 anos, ter histórico familiar de câncer de mama, ser portador de mutações genéticas que predispõem ao câncer de mama, apresentar menarca precoce ou menopausa tardia, não ter filhos ou ter o primeiro filho após os 30 anos, não amamentar ou amamentar por pouco tempo, uso de anticoncepcional combinado, ter sobrepeso ou obesidade, consumir bebidas alcoólicas e fumar. Entre os fatores de proteção, estão: ter uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras e cereais integrais, praticar atividades físicas regularmente, manter o peso adequado para a altura, amamentar por pelo menos seis meses, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar.
O autoexame das mamas é uma forma simples e rápida de conhecer o próprio corpo e identificar possíveis alterações nas mamas. É importante saber que o autoexame não substitui o exame clínico das mamas, este deve ser realizado anualmente em consultas de rotina, pode ser realizado por um médico ou enfermeiro treinado para essa atividade, principalmente a partir dos 40 anos. Durante o autoexame, você deve observar e apalpar as suas mamas em frente a um espelho, levantando os braços e apertando os mamilos. Você pode identificar nódulos, secreções, vermelhidão ou retração da pele ou do mamilo. Caso você encontre algum desses sinais ou sintomas, você deve procurar um médico para uma melhor avaliação.
Além disso, o rastreamento do câncer de mama deve ser realizado por meio da mamografia, que é uma radiografia das mamas que permite visualizar lesões suspeitas. A recomendação é que todas as mulheres entre 50 e 69 anos façam a mamografia a cada dois anos período de maior incidência do câncer de mama visando detectar a doença em sua fase inicial, antes que ela cause sintomas. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou portadoras de mutações genéticas devem conversar com seu médico sobre a necessidade de iniciar o rastreamento mais cedo ou com maior frequência.
Além da mamografia, existem outros exames que complementar o diagnóstico, como a ultrassonografia das mamas, a ressonância magnética e a biópsia. Esses exames são indicados de acordo com cada caso e devem ser solicitados pelo médico.
Como Tratar?
O tratamento depende do tipo, do tamanho e da localização do tumor, bem como do estágio da doença e das características da paciente. Os principais tipos de tratamento são: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.
Esses tratamentos têm como objetivo eliminar as células cancerígenas, impedir que elas se espalhem pelo corpo e evitar que elas voltem a crescer. As chances de cura do câncer de mama são maiores quanto mais cedo a doença for diagnosticada e tratada. O câncer de mama é uma doença que pode ser prevenida e curada, desde que você tenha alguns cuidados com a sua saúde.
Por isso, não deixe de fazer o exame clínico das mamas, o rastreamento, o acompanhamento médico e os exames preventivos. Suas mamas são únicas, assim como você, por isso previna-se. Juntas podemos fazer a diferença.